A TEOLOGIA DO DEVORADOR:
Como uma Suposição Teológica se Torna Doutrina no
Brasil
3a Edição Estendida.
A Bíblia é, certamente, o livro mais rebuscado e
pesquisado de todos os tempos pelas ciências da Exegese, Hermenêutica e Semântica.
Vejamos o que significam.
Exegese (Gr. éxegésis) é uma interpretação muito detalhada
e cuidadosa de um texto, expressão ou palavra, uma profunda análise para expor o
máximo do que o texto quer se referir. A Hermenêutica é a ciência da
interpretação de textos (epistemologia) ou de uma realidade descrita (ontologia).
Nos estudos bíblicos, a exegese e a hermenêutica caminham juntas na
interpretação dos textos, muitas vezes difíceis de compreender devido às
simbologias textuais e as diferentes traduções dos léxicos grego, aramaico ou
hebraico. A Hermenêutica e a Exegese precisam usar também a ferramenta da Linguística
chamada Semântica, que estuda o significado das palavras ou expressões de uma
língua (Semântica Lexical).
Desde o século II DC vem se realizando constantes concílios
e reuniões para tratar da interpretação dos textos bíblicos tanto pelos judeus
quanto pelos cristãos. O campo de pesquisa da interpretação de textos bíblicos
nunca se esgotou mesmo com a consumação de 20 séculos de cristianismo. Revelações
ainda poderão surgir eventualmente. Com a descoberta dos Manuscritos do Mar
Morto no século passado muitas dúvidas da linguística hebraica antiga tem sido
dissipadas. Pelos estudos de manuscritos mais antigos da Septuaginta, versão
grega antiga do Velho Testamento, algumas correções têm sido propostas por estudiosos
de Teologia em universidades famosas como a University of Pennsylvania ou por
estudiosos de língua semítica e grega como o Dr. Michael Heiser, um dos
editores do Logos Bible Software. Um bom exemplo disso é a discussão atual em
torno do texto de Deuteronômio 32:8, cujo estudo tem apresentado novos
conhecimentos sobre guerra espiritual. Tudo que envolve um novo entendimento é
sempre discutido por longo tempo em publicações, debates, reuniões até que se
estabeleça consenso se a nova proposta seria realmente a realidade dialética do
texto.
Na década de 90 surgiram muitos estudos de igrejas
evangélicas americanas sobre guerra espiritual, maldições hereditárias,
espíritos familiares, espíritos territoriais etc. Exemplos de escritores e
conferencistas como Rebecca Brown, Marilyn Hickey, Frank Peretti, Peter Wagner,
Mark Bubeck, Rony Chaves, e outros que também vieram ao Brasil para realizar
palestras e pregações, tiveram livros traduzidos para o português, trouxeram a
influencia deste conhecimento para igrejas evangélicas brasileiras. Guerra
espiritual e batalha espiritual tornou-se disciplina inclusiva em alguns seminários
teológicos no país. Surgiram pastores brasileiros envolvidos com estes estudos,
ressaltamos Valnice Milhomems e Robson Rodovalho na década de 90. Este último
publicou em 1995 o livro Por Trás das Bênçãos
e Maldições (1, recentemente revisado e estendido como Bênçãos ou Maldições) que trata da guerra espiritual em voga, mas acrescenta a teologia
do Devorador, ou a dos demônios gafanhotos, Cortador, Migrador, Destruidor,
Devorador.
Esta hipótese teológica é tratada no livro como uma
revelação espiritual. Tenta explicar maldições financeiras como decorrente da inobservância
do ato de dar o dízimo descrito em Malaquias 3:10-11. A publicação deste livro
e as palestras e pregações de Valnice Milhomems sobre estes mesmos gafanhotos
durante longo período nos seus cultos na TV nos anos 90, desencadeou uma onda
de um suposto novo conhecimento sobre a dicotomia maldição financeira-bênção de
prosperidade, numa época que as igrejas da polêmica Teologia da Prosperidade começavam
a crescer vertiginosamente. Este estudo teológico do suposto Devorador foi
sendo disseminado perigosamente como um conhecimento já estabelecido, tornando-se
parte da retórica evangélica até o presente.
Cunhou-se até mesmo uma expressão linguística evangélica
mais moderna de que não se dá o dízimo, e sim que o dízimo se devolve a Deus.
Expressão contraditória visto que Deus deixou de ser dono do dízimo quando
disse em Números 18:21:
“Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por
herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação”. ARA
Não se devolve algo a quem não é proprietário, pois
inepto ato é. Se a moda agora é dizer que vamos devolver o dizimo, então se
devolva a quem é proprietário de direito. Apesar de que em Levítico 27:30-32,
logo após a saída do Egito, Deus tenha instruído separar as dizimas da terra e
do gado para ele, vários anos depois em Números 18, durante a peregrinação no
deserto, ele transfere a propriedade dos dízimos aos levitas.
Sendo, pois uma instrução levítica o dízimo deve ser
devolvido à administração da igreja, que incorpora ou representa a função levítica
moderna. Colocar uma aura supra-espiritual na expressão “devolver o dízimo a Deus” parece uma figuração de marketing para esconder
a igreja do palco. Deus não vai usar o dinheiro para nada e nem vai administrar
seu uso. Deus conferiu esta autoridade à igreja. O dinheiro ofertado é
propriedade da igreja tanto espiritualmente quanto juridicamente. É ela, a
igreja, quem vai administrar as finanças como desejar e isto é o que realmente
procede. Qualquer coisa, além disso, é interpretação pessoal fora da Bíblia.
A Teologia do Demônio Devorador foi assimilada
fortemente pelas lideranças da maioria das igrejas e incutida fortemente nas
mentes dos membros de forma que se criou uma cultura de medo dos supostos demônios
gafanhotos. Se não der o dízimo, as finanças ficarão comprometidas, porque o
devorador vai atacar na farmácia, no emprego, no salário, no carro, nas dívidas,
no SPC, etc. Esta visão é anacrônica no advento do Tempo da Graça Salvadora de
Jesus Cristo, que anulou todas as maldições pelo seu sacrifício na Cruz de
Calvário. A promoção do medo das consequências sobre as pessoas coloca jugo ou
domínio psicológico sobre elas. “Se não
dizimar vai sofrer!” Se a pessoa doa dinheiro pelo medo de não dar, faz
oferta sem amor ou gratidão subjugada por uma ordenança maior, o ato não tem
qualquer valor no Reino de Deus. Este ato contradiz Jesus em João 8:32 “e
conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará” e o Apóstolo Paulo que disse em Gálatas 5:1 “Para
a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos
submetais, de novo, a jugo de escravidão.”.
Ao adotar este novo conhecimento a Teologia da Graça terá
de ser reescrita, acrescentando que a maldição do devorador permaneceria excepcionalmente
fora do rol de maldições que Jesus levou. A Graça de Deus teria uma ressalva, uma
cláusula condicional restritiva: somos benditos em tudo exceto se negarmos os dízimos;
neste caso aplicar-se-ia uma sentença: “...com maldição sois amaldiçoados...”
(Malaquias 3:9). Teríamos então que modificar as doutrinas paulinas, os
alicerces doutrinários do cristianismo, que dizem que as contribuições são voluntárias,
alegres e sinceras. Em fazendo isto estaria se criando uma heresia.
Esta teologia vai mais além ao contrassenso, pois
considera que no verso 11 de Malaquias 3 estaria incluso um procedimento
espiritual oculto na frase onde Deus diz: “...repreenderei o devorador...”. A
Teologia do Devorador assinala que este demônio seria de uma casta especial. Um
tipo demoníaco tal que somente o Deus Pai poderia conte-lo, repreende-lo ou
anula-lo. Existindo esta exceção espiritual, criar-se-ia uma incompatibilidade
lógica com as palavras de Jesus em Mateus 28:18, “Toda a autoridade me foi dada nos céus e na
terra”. Teríamos então que reescrever o evangelho para: “Toda
a autoridade me foi dada nos céus e na terra exceto sobre o Devorador, porque
sobre este só meu Pai tem”. Totalmente incoerente e discrepante. Uma contradição doutrinária, beirando a insensatez.
Esta suposição teológica não se sustentaria se fossem
aplicadas as técnicas de exegese, hermenêutica e semântica em todos os pontos
propostos pelo autor do livro. A Cabala, que estudou todos os demônios do
imaginário espiritual judaico nunca identificou e nem ao menos citou este demônio
Devorador (Zohar, Moiséis de Leon, sec
XVII). Nenhum livro apócrifo judaico ou gnóstico faz menção de um devorador
de finanças. Em revisões extensas de demonologia (Belanger 2010) e na enciclopédia de demônios (Bane 1979) não há menção de um devorador nas religiões do Oriente
Médio, exceto o demônio Fagani (*), servidor de Astaroth, relacionado à magia e
bruxaria, similar a Ammit (**), demônio funerário egípcio, relacionado ao crocodilo
(Livro dos Mortos), citados com
devorador de almas e não de finanças nem bens materiais. O demônio que se
acredita dominar sobre finanças, citado por Jesus, chama-se Mamon, a palavra
hebraica para dinheiro. Sugere-se que Mamon governa sobre o sistema financeiro
mundial. Nada relacionado com dízimos e sim com a avareza.
Muitas das traduções do VT nos diversos idiomas da
Bíblia são oriundas majoritariamente da Septuaginta. Esta foi a tradução do hebraico
para o grego feita pelos sábios judeus do Templo de Jerusalém para a Biblioteca
de Alexandria durante a Era Ptolomaica no Egito, século II AC. Em todas a
traduções de Malaquias 3:11, a frase “...eu repreenderei o devorador...”,
se refere a gafanhotos ou pragas e não a demônios e isto sem exceção.
Em Gill´s Exposition of the Entire Bible, faz menção
da tradução de devorador para o sentido literal, comedor (Lt. “comedentem”,
comedor; “eum qui comedit”, alguém
que come). Outras traduções para o inglês retiram o devorador. Por exemplo:
A New International Version (NIV) traduz “Vou
impedir as pragas de devorar suas colheitas....”.
A versão New Living Translation (NLT) traduz “Suas
colheitas serão abundantes, pois eu as guardarei dos insetos e das doenças”.
A versão New English Translation (NET) traduz “Eu
pararei a praga que está destruindo suas colheitas...”.
Na versão Young´s Literal Translation (YLT) traduz: “E eu
tenho defendido vocês contra o consumidor de colheitas...”.
Nas Bíblias hebraicas originadas de textos
massoréticos (***) como a NJV ou NJPS da Jewish Publication Society (JPS)
traduz: “...e eu banirei de vocês o gafanhoto, tanto que não destruirá o
produto do solo...”.
Nas versões inglesas de textos massoréticos (***) como
HBME (The Holy Bible in Modern English) traduz: “...eu encherei os seus celeiros
e conduzirei os destruidores para longe de arruinar o fruto de seus
trabalhos...”.
Todas as versões do Velho Testamento falam do Devorador
como um gafanhoto migrador, devorador e cortador, que são as fases evolutivas
da forma adulta do inseto, e da sua lagarta como destruidora de sementes, com
um significado semântico de praga (Êxodo 10, Juízes 6 e 7, Joel 2). A nuvem de
gafanhotos foi uma das pragas lançadas por Deus sobre o Egito pela mão de
Moisés (Êxodo 10:12-15). Uma praga natural que existe até os dias de hoje em várias
partes do planeta. Na incontestável antevisão divina do comportamento deste
inseto no mundo natural e a sua influência negativa no equilíbrio ecológico na
agricultura de subsistência do Oriente Médio, Deus enumera a praga dos
gafanhotos como uma das maldições da desobediência. (Deuteronômio 28:38).
Ademais, era Deus que enviava e era ele mesmo que dispersava (“repreendia”) a
nuvem de gafanhotos, nem de longe sugerindo um agente demoníaco. Deus não
abençoa pecadores. No atual mundo cristão, ele usa o sistema financeiro para
forçar correção dos seus filhos. Quem se mantém na prática do pecado permanece
endividado e sem prosperidade mesmo sendo dizimista. Não se trata de um demônio
e sim a mão corretiva de Deus.
Dentro destes aspectos contraditórios desta suposta existência
de um demônio Devorador fica a pergunta: Como as autoridades eclesiásticas e denominações
evangélicas brasileiras, principalmente os pentecostais, aceitam uma simples
suposição teológica como conhecimento estabelecido? Por que incorporam uma
pretensa revelação à doutrina sem extensa discussão exegética entre “experts”, professores de teologia e
principais das denominações? Podem-se sugerir algumas razões.
- Ignorância ou falta de conhecimento
- Dissociação e falta de unidade
- Oportunismo
Ignorância
ou Falta de Conhecimento
Falta de conhecimento é endêmica no Brasil, tanto
secularmente quanto eclesiasticamente. O Brasil carece de mestres seculares e
os evangélicos carecem de ministros com dom de Mestre. Eventualmente quando um
Mestre chega a uma determinada congregação ele pode sofrer discriminação e segregação,
provocada pelo orgulho da liderança e por medo de que o conhecimento maior dele
possa fazer sombra ao nível cultural do líder e/ou expô-lo depreciativamente.
O Brasil evangélico lê pouco, discute pouco, publica
pouco e pouco incentiva a cultura e literatura. Os evangélicos tem medo de
discutir novas correntes, ideias ou conhecimento teológicos por temor da suspeita
de estarem produzindo ou divulgando heresia. No entanto, aceitam muita coisa
sem discutir, achando tratar-se de revelação, se proveio de um líder renomado, um
contrassenso. Não conseguem distinguir discussão teológica cultural da teologia
doutrinária, achando que discutir teologia é obra do demônio, não entendendo
que é o contrario, isto é, para o aprimoramento cultural do ministro de Deus. Não
há revistas especializadas, não se fazem congressos, simpósios, palestras,
grupos de discussão nem monitorias sobre temas bíblicos. Não se publicam
revisões de conhecimento. Maior parte da
literatura disponível é traduzida de autores americanos. Infelizmente, o ensino
religioso na formação de pastores e líderes é feito ainda hoje através de
apostilas com informações precárias e tendenciosas, em cursos rápidos sem substância
cultural. Qualquer contestação é rechaçada entre alunos e professores, os quais
também foram formados da mesma forma. Enfim, um mundo evangélico culturalmente
incipiente, inodoro, insosso e insípido. “A ignorância produz ignorância, o
conhecimento produz saber, o saber produz entendimento, o entendimento produz
segurança” (do Autor).
Dissociação
e Falta de Unidade
A falta de unidade é patente no universo evangélico
brasileiro. Pequenos líderes contestando líderes igualmente pequenos, grandes
líderes contestando entre si, grandes denominações contestando denominações
grandes, um circo egocêntrico. O evangelho que deveria ser associativo e
aglutinador em torno da sã doutrina básica se tornou dissociativo e dispersor em
torno de diferenças doutrinárias irrelevantes e periféricas da doutrina básica.
Cada mente é um mundo original a parte, todos são príncipes de seus territórios
espirituais, consideram-se “ministérios proféticos
para uma grande obra”, todos acham, citando o poeta português Fernando
Pessoa, que irão “...dominar o mundo
depois de amanhã” construindo igrejas mundo afora. Este aspecto
dissociativo e ao mesmo tempo megalomaníaco do planeta evangélico brasileiro é
extremamente pernicioso no âmbito cultural, pois mina os baluartes filosóficos do
conhecimento, a saber, os pares prova/refutação (muito usado em análises científicas)
e o senso/consenso (muito usado em análises semânticas). Ninguém quer discutir questões
teológicas porque todos se consideram donos das suas próprias verdades
absolutas.
Oportunismo
Para alguns líderes evangélicos parece ser oportuno
manter ativa esta “revelação” infundada
do Devorador apesar terem ciência da verdade. Não por ignorância, nem por falta
de conhecimento, nem mesmo por falta de unidade, mas por oportunismo
financeiro. Defendem ardentemente esta posição citando Malaquias 3:8, ou quem
rouba a Deus se torna vítima do demônio Devorador, mas no íntimo sabem que estão
fazendo uma “falsidade ideológica
doutrinária”.
Usar Malaquias para atemorizar e manter um povo sob um
jugo é uma estratégia perversa de domínio psicológico. Isto porque a profecia
de Malaquias não é instrução e sim juízo. A instrução sobre dízimos e ofertas está
em Números 18, como já fora dito acima. Deus usou o profeta Malaquias para
pronunciar juízo sobre os sacerdotes, que roubavam os dízimos dos levitas, aos
quais ele, Deus, prometera sustento perpétuo. Deus disse aos sacerdotes “amaldiçoarei
as vossas bênçãos” (Malaquias 2:2). No sistema de governo divino as
bênçãos ou maldições partem do templo para o povo, destarte até os dias atuais.
Se a liderança do templo está corrompida, o povo se corrompe também. Se um
pastor mente, adultera, prevarica, rouba, seu povo será reflexo dele. É o
dominó da maldição. O povo Judeu estava corrompido por causa da corrupção
sacerdotal e todos foram amaldiçoados consequentemente.
Os líderes evangélicos que mantém as pessoas sob o
jugo espectral do Devorador não deveriam esquecer: quem conhece a verdade, mas ensina
errado para obter alguma vantagem, estará sujeito ao julgamento de Tiago 3:1:
“Meus irmãos, não vos torneis muitos de vós
mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo.”
TERMOS:
*Fagani. Serviço de Astharoth, nome relacionado a
“devorador”. Magia, domínio de corações e mentes. Bruxaria.
** Ammit. Devorador de almas, comedor de coração,
divindade funerária egípcia relacionada ao hipopótamo ou crocodilo.
*** Texto Massoretico. No século VI um sistema de pontuação foi inventado pelos escribas judeus massoretas para atender a necessidade de acentuação vocálica das palavras hebraicas que não possuem vogais. São conhecidos hoje como pontos diacríticos.
REFERENCIAS.
- Rodovalho, R. 1995. Por Trás das Bênçãos e Maldições. Editora Koinonia, Brasilia. Rodovalho, R. 2012. Bênçãos ou Maldições. Editora Sara Brasil. São Paulo.
- Belanger, M 2010. The Dictionary of Demons, pp125, apud Sacred Magic of Abramelin the Mage. Edited by Michelle Belanger, 1st ed. Llewellyn Publications, Minnesota.
- Bane, T. 1969. Encyclopedia of Demons in World Religions and Culture. McFarland & Company Inc. Publishers. Noth Carolina.
- Zohar. Ou Esplendor. Livro principal da Cabala atribuído ao rabino Shimon bar Yochai do século II publicado no século XIII pelo rabino Moises de Leon. Domínio Público.
- Livro dos Mortos. O Papiro de Ani (O LIVRO EGÍPCIO DO MORTO), 240 AC. Traduzido por E.A. Wallis Budge. Domínio público.

Nenhum comentário:
Postar um comentário