sexta-feira, 4 de março de 2016

A OUTRA PÁSCOA



A Outra Páscoa
Como Roubar a Gloria de Jesus
2°Edição Estendida

O diabo, demônio, cão, capeta, satanás etc. é aquele querubim decaído que todos conhecem e que sempre quis imitar Deus. Ele sempre procura ridicularizar Deus ao máximo antes de cumprir a sua própria condenação eterna. Tenta de todas as maneiras, em todas as circunstâncias e com relativo sucesso, diminuir ou roubar a glória que pertence a Jesus. Mas isto já é de conhecimento geral. Nenhuma novidade. No entanto, poucos sabem que um dos grandes exemplos disso é a usurpação da Páscoa para sua glória em detrimento da glória de Jesus. Como se estivesse dizendo a Jesus: Veja! No dia da sua Páscoa, que representa a sua vitória, eles me honram também”. Vejamos como esta aberração se tornou possível.

Nas línguas de origem grega e latina, o nome utilizado para Páscoa é um derivativo do grego koiné Paskha e do latim Pascha, por sua vez derivado do aramaico Pesaḥ e do hebraico Pesach, que significa “passagem”. É um termo utilizado originalmente para designar uma festa judaica comemorando o Êxodo, conhecida como Páscoa judaica. Nesta mesma Páscoa judaica Jesus fez sua última ceia e isto passou a ser comemorado como a Páscoa cristã. Os evangélicos então comemoram não só a Páscoa como sendo a última ceia, morte e ressurreição, como também a repetem mensalmente em menor escala na forma da Ceia do Senhor.

Diferentemente, o termo Páscoa em inglês é Easter, cognato com alemão moderno Ostern, derivado do inglês antigo Ēastre ou Ēostre, tem origem possivelmente do advérbio alemão ostar que expressa algo semelhante ao “sol nascente” ou “sol que se eleva”. O nome Ēostre anglo-saxão é cognato de Ostara que no alemão arcaico significa Deusa da Aurora. Estudos etimológicos sugerem fortemente que a origem do nome Ēostre, é uma variante de um termo indo-germânico encontrado em muitos lugares para se referir a Deusa do Amanhecer, a divindade pagã relacionada ao planeta Vênus. Nas antigas terras germânicas, hoje Alemanha e Áustria, rios, cidades e cavernas eram consagrados a ela.

Por estar associada à aurora, Ēostre foi posteriormente relacionada também à luz crescente da primavera, momento em que, dizia a lenda, “traria alegria e bênçãos a terra”. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Ēostre no dia 30 de Março. Esta divindade deu nome a um antigo sabbat pagão que celebra o renascimento e o equinócio de primavera, chamado o dia de Ostara, comemorado até hoje na forma de um festival (DW), inclusive como atração turística alemã misturada com a Páscoa (“feliz dia de Ostara”). Ostara também é uma das cartas de tarot satanista-wicca.


Dos antigos cultos pagãos originaram-se a festa da Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão). Inicialmente, este culto foi absorvido e misturado às divindades greco-romanas na ocupação da Germânia pelo Império Romano. Mais tarde, novamente absorvido e incorporado às comemorações judaico-cristãs, através do sincretismo religioso, durante a cristianização das províncias anglo-saxônicas e germânicas do império, sobretudo pela igreja católica romana.

Seu nome e funções têm relação com a deusa grega Eos, deusa do amanhecer na mitologia grega e a sua cognata romana Aurora e a nórdica Freya. Também associam à Astarte (deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilônica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da primavera. Também relacionados a Tanit fenícia e a Moloch amonita-amorreu, devido a predileção por crianças. A maioria destes deuses se apresentam com os mesmos rituais de sacrifícios humanos, aqueles de jogar crianças vivas ao fogo.

A própria mitologia diz que Ēostre/Ostara tinha uma especial predileção e afeição por crianças. A lenda associada à deusa diz que onde quer que ela fosse crianças a seguiam e a deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia; significando uma ação evidente de encantamento e domínio. Seus símbolos são a lebre ou o coelho e os ovos coloridos, todos representando a fertilidade, a renovação ou ressurreição e o início de uma nova vida. Como vemos hoje o encantamento midiático efetuado com o coelhinho da páscoa, os ovos super-atraentes e enfeitados, feitos de chocolate e cheios de guloseimas ou presentinhos, especialmente elaborados para atrair crianças a correr atrás das pegadas do coelhinho.

Para os cristãos é importante ter firme na mente que a origem da Páscoa não pode ser vista pelo nome na língua inglesa, mas no original hebraico, (
פֶּסַח) Pesach, que significa salto, pulo ou passar por cima. O salto do anjo destruidor do Deus Altíssimo sobre as casas dos filhos de Israel escravizados no Egito, que tinham o sangue do cordeiro passado sobre as ombreiras de suas portas (Êxodo 12), mas visitando mortalmente os primogênitos egípcios na ultima praga contra o Faraó.

No cristianismo a Páscoa judaica foi associada, pela tradição cristã, a última ceia, a morte e a ressurreição de Jesus. Em muitos idiomas, a palavra Páscoa segue esse seu sentido original, passagem, mas a palavra no inglês e alemão não seguiu esse sentido original. Portanto é importante saber essa diferença, entre os cultos pagãos e judaico-cristãos. Posteriormente, a igreja católica acabou por substituir o festival pagão de Ostara pela Páscoa, infelizmente absorvendo muitos de seus costumes, inclusive os ovos e o coelhinho da Páscoa. Este sincretismo não foi somente a absorção de uma cultura religiosa ou tradição, foi absorção do próprio culto religioso. Isto é evidente porque o cerimonial do culto que é a troca de doces e ovos adornados, os símbolos cultuais que são o coelho e a lebre, e o elemento ritualístico que são os ovos estão presentes ativamente e são pontos centrais nas comemorações contemporâneas. 


Com os estudos modernos de guerra espiritual, mapeamento e hierarquia de demônios (Cabezas 1995), muitos deuses de antigas civilizações puderam ser associados aos principados satânicos, estabelecendo uma cadeia de comando, analisando suas práticas de cultos, festivais, associações astrológicas, votos, sacrifícios etc. Os antigos deuses foram agrupados sugerindo serem arquétipos do mesmo demônio ou anjo decaído, dominador (Gr. Kosmokrator) de um principado (Efésios 6:12). São os generais de satanás (Cecarelli 2014)

A deusa Ēostre-Ostara, divindade da páscoa-pagã, é um dos arquétipos do dominador do principado de Afrodite/Vênus, que comanda sensualidade, bebidas, glutonarias, luxúria, vícios, no sistema mundano. Está relacionado em várias culturas com a primavera, aurora, fertilidade, águas, mares, espumas etc.(Cecarelli 2014). Os principais estereótipos ou arquétipos relacionados nas mitologias ao longo dos séculos deste principado são:




Arquétipos do Principado Afrodite/Vênus

Afrodite, Hera e Eos grega

Vênus e Aurora romana

Freya nórdica

Ostara germânica

Easter- Ēostre anglo-saxônica

Oxum africano

Ruda tupi

Tanit cartaginesa

Astarte e Astaroth fenícia-canaanita

Moloch amonita-amorreu

Astghik armênia

Asera acadiana

Asherah-Athirat ugarítica

Ishtar assírio-babilônica

Inanna suméria.


Quem participa da tradição da Páscoa secular de dar e receber ovos, induzir crianças a brincar de coelhinho, trocar doces, chocolates, presentes etc., está homenageando cultualmente um dos mais fortes principados satânicos, aquele que exerce domínio sobre os prazeres carnais e sensualidade no sistema mundano: o principado de Afrodite-Vênus. Não cabe a argumentação inocente de que são somente ovinhos, chocolates e coelhinhos, porque configuram exatamente o cerimonial satanista pagão. Nisto consiste o ato de roubar a glória de Jesus na Páscoa e compartilha-la com satanás: A páscoa de Ostara significa um novo amanhecer, renovação e ressurreição.


A Páscoa cristã é uma festividade para comemorar a ressurreição do Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos trouxe a nossa própria ressurreição para vida eterna, tomando as chaves do inferno, derrotando os principados e potestades e não fazer o contrário, o incrível paradoxo de homenagear o derrotado. Chocolate, nós podemos comer o ano todo. Deixemos para trás os símbolos satanistas que exaltam o inimigo. Vamos celebrar a nossa Páscoa comemorando a vitória de Jesus e tomar a Ceia do Senhor.

REFERENCIAS
Cabezas, R. Lucha Contra Principados Demoniacos. 1° Edição, Editorial Unilit, Miami, 1995.
Cecarelli, R. Benaia. A Carreira do Ministro e a Guerra Espiritual. 1° Edição. Editora Rebentos, São Paulo, 2014.
DW. Deutsche Welle. Páscoa: Mitos germânicos e tradições cristãs. Editado por Neusa Soliz. Disponível em: http://dw.com/p/3V8o.

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